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Imagem: seventyfourimages, de envatoelements

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09/03/2021

Com a piora da pandemia, colégios particulares de São Paulo já registraram queda na procura de estudantes pelas aulas presenciais nesta segunda-feira, 8. Liberados para funcionar mesmo na fase vermelha da quarentena, a mais restritiva, os colégios podem abrir para receber no máximo 35% da capacidade.

O governo estadual orientou que as escolas priorizem os alunos que mais precisam, como aqueles em fase de alfabetização, com dificuldades de acesso ao ensino remoto ou problemas emocionais graves. Algumas unidades enviaram comunicado aos pais pedindo que só enviem os filhos à escola em caso de extrema necessidade nas próximas duas semanas. Outras, mantiveram o planejamento anterior para 35% dos estudantes, sem priorização.

No Colégio Mary Ward, na zona leste de São Paulo, a presença foi "bastante baixa", segundo a escola, e poucos estudantes participaram das aulas presenciais no ensino fundamental 2 e ensino médio nesta segunda-feira. Entre os alunos mais novos, da educação infantil e ensino fundamental 1, a presença foi maior, mas ainda assim inferior aos 35% permitidos pela regra estadual. O colégio sugeriu aos pais que os estudantes ficassem em ensino remoto quando possível, para evitar a circulação das famílias durante a fase vermelha.

No Franciscano Pio XII, que também pediu para que alunos permanecessem apenas no ensino remoto, houve queda de 38% na presença dos estudantes em atividades presenciais nesta segunda-feira. O Colégio Agostiniano Mendel, na zona leste, que registrava média de presença de 27% na primeira semana de março, teve nesta segunda 19%.

E no Pentágono, na zona sul, onde 83% tinham a intenção de mandar os filhos para as aulas presenciais, esse porcentual caiu para 67% durante a fase vermelha. O Colégio Magno, a Escola Móbile e o Santa Maria, na zona sul, também tiveram redução de alunos nas atividades presenciais. O Santa Maria decidiu manter os alunos do 3º ano do fundamental ao ensino médio em ambiente virtual, a partir desta terça-feira, 9.

Outros colégios suspenderam em todas as séries as atividades presenciais. É o caso do Equipe, na região central de São Paulo, que vai ficar fechado nas duas próximas semanas para ajudar a conter a circulação do vírus pela cidade. A decisão de fechamento temporário foi apoiada por um grupo de pais que enviou carta à escola manifestando preocupação com a saúde dos professores.

Na última semana, as decisões de suspensão ou restrição de atividades presenciais pelas escolas motivaram "guerra de cartas" de pais - favoráveis ou contrários à redução do atendimento presencial nas escolas. Professores também se manifestaram pedindo a suspensão das aulas neste momento crítico e o sindicato dos docentes da rede particular em São Paulo aprovou greve a partir de quinta-feira, 11, se as atividades presenciais não forem interrompidas.

Para Luiz Antonio Barbagli, presidente do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), mesmo as restrições de presença de alunos em algumas escolas não garantem a segurança dos professores. "As escolas restringem a presença de alunos, mas não a nossa presença." Barbagli questiona a qualidade dos protocolos adotados pelos colégios particulares, pede divulgação dos casos registrados nas unidades e a distribuição de máscaras profissionais aos docentes.

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